29 junho 2017

EMPRÉSTIMO SIMPLES - Alternativa

Em 17/05/2017, a FAABB, através de sua presidente,  entregou à PREVI o “Estudo e Proposta de Alteração do Empréstimo Simples”.  A entrega foi pessoal, em reunião específica na sede da PREVI, com a presença do Presidente Gueitiro e do Diretor Marcel, além do autor do trabalho, o colega Ebenézer Nascimento.  O Presidente Gueitiro imediatamente determinou a análise do assunto.
Em resumo, o plano propõe a substituição do sistema cálculo de encargos sobre o E.S. utilizado pela PREVI (que é uma adaptação do sistema PRICE) pelos sistemas SAC ou SACRE, permitindo-se ao associado-mutário a opção entre eles, segundo desejem a amortização constante (com menos juros totais) ou a amortização crescente e parcelas decrescentes ao longo do período da operação (com mais juros totais).
O estudo prevê o cálculo dos encargos apenas uma vez por mês (no dia 20, data do pagamento da prestação).  Caso, por razões de balanço, que não podem significar sobrepeso financeiro para os mutuários, o cálculo seria feito também no dia 30. Mas, nesse caso, os valores apurados no dia 20 só seriam capitalizados no dia 30 (método hamburguês).
Para facilitar a demonstração da exequibilidade da proposta, o estudo inclui planilhas elaboradas com taxa unificada de 1% a.m., (igual aos juros regulamentares de 5%a.a. somados a uma correção linear de 7%a.a. – dividido por 12 meses).
A proposta inclui a possibilidade de renegociação das operações “em ser” recalculadas segundo a modalidade escolhida pelo mutuário (SAC ou SACRE), conforme opte pela redução do valor da prestação ou redução do prazo.
Estamos aguardando o pronunciamento final da PREVI.  Nutrimos a esperança de que a direção da nossa Caixa de Previdência se sensibilizará e adotará a proposta.  A revisão de operações “em ser” sob uma das modalidades previstas (SAC ou SACRE) indubitavelmente concorreria para mitigar as dificuldades resultantes da combinação da perda de poder aquisitivo com o aumento anual das prestações.
As planilhas estão aqui acessíveis a todos que quiserem tomar conhecimento de detalhes.
LINKS:
Anexo 17 – SACRE – Tabela de Amortização a 1,2% (1)

FONTE: http://faabb.com.br/emprestimo-simples-
alternativa/



17 junho 2017

A DESORDEM SOCIAL E A DECADÊNCIA MORAL.

O problema do nosso País é que parte das chamadas figuras de destaque do País, Empresários, Senadores, Deputados, Governadores, Prefeitos, Presidentes e muitos Ministros dos Tribunais esquecem que é através do exemplo pessoal, moral ilibada que é sinalizado para as massas populares os deveres e os direitos de todos os cidadãos comum para a Nação, e com seu próximo.

Alguém já disse:

Morro de medo das pessoas muito inteligente, pois são capazes de convencer a todos de algo, mesmo que seja totalmente mentiroso ou errado.

No nosso mundinho não é diferente, tudo que envolve, PREVI, CASSI E BANCO DO BRASIL S/A, não é diferente a soberba fala mais alto que a solidariedade, não estou dizendo esmola não, estou dizendo melhores condições, como no caso dos colegas que renegociaram seu Empréstimo Simples, e que por força de um regulamento, estão sem poder renovar os mesmos, bastaria boa vontade da Diretoria de Seguridade( Marcel J. Barros) para a solução deste problema.

Estamos falando de uma CHAPA 3 PREVI LIVRE FORTE E DE TODOS que prometeu lutar, mas que seus integrantes ao ser empossados se calaram, esqueceram das promessas que levaram a sua chapa sair do pleito vitoriosa, enganando seus colegas com promessas que jamais saíram do papel, e jamais vão sair, porque nossos ELEITOS são apenas para REPRESENTAR, que temos voz dentro do nosso fundo de pensão e diga-se que estes colegas eleitos são totalmente contra a aprovação do PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR 268.

Hoje ainda temos um Déficit de mais de 13 Bilhões no nosso PLANO 1 da Previ, e muitos ainda sonha com a volta do (BET), com alongamento do Empréstimo Simples (180x180), com bondades vinda desta atual diretoria, e eu lhes digo com toda sinceridade, não espere nada destes Senhores e Senhoras que ganha mais de 50 mil reais por mês, não espere bondade quando na verdade eles já preparam o pacote de novos descontos no seu contra cheque se caso os rumos da bolsa vier a despencar e com isso nossos ativos sofrer redução, já temos equipe de plantão para como um jato começar os descontos no seu contra cheque imediatamente, sem explicação como foi na retirada do BENEFÍCIO ESPECIAL TEMPORÁRIO(BET) e a VOLTA DAS CONTRIBUIÇÕES, para essa gente o que importa é ser chamado de o melhor fundo de pensão da AMÉRICA LATINA, sem se importar de verdade com os seus participantes, retira nossos direitos na calada da noite e sempre renovamos a esperança de que alguma coisa boa vai acontecer para retirar muitos colegas da atual situação de calamidade que vivem.

Falta pouco mais de 10 meses para as próximas eleições na Previ, onde vamos trocar os integrantes da CHAPA MENTIROSA, da chapa da mudança, da chapa que contava os minutos para mudar o nosso futuro, mas que ao receber uma montanha de normas e regulamentos, e adentrar no palácio de cristal, esqueceu-se das suas promessas, esqueceu que estamos velhos, mas a memória ainda é gigante diante das promessas levantadas e que serviu de lição para muita gente, que como nós acreditamos nas promessas, que teríamos uma luta verdadeira, mas infelizmente essas mentiras são sempre repetidas em todas as eleições, porque de fato quem manda na PREVI são os indicados pelo nosso Patrocinador Banco do Brasil S/A, via Governo Federal, ou pelos acordos fechados pela Presidência da República.

A ironia dessa história é que sabemos que nada vai mudar, podemos nos esforçar, retirar a bunda da cadeira como muitos gosta de pregar, votar em massa, escolher a melhor chapa, que tudo vai continuar como antes, porque tudo esta dominado, e quem ousa a se voltar contra essa série de coisas é ameaçado, é escandalosamente, covardemente atacado para baixar a bola, para não dizer a verdade sobre pena de ser processado e diante da situação de poucos recursos, muitos são obrigados a requentar notícias ou publicar apenas a verdade que o nosso fundo credita como certa, como uma gestão eficiente e cheia de resultados satisfatórios e ainda assim, existe um grupo grande de colegas que aplaude e acredita que tudo que é feito esta no rumo certo, afinal todo dia 20, seu crédito esta religiosamente deposito na sua conta corrente.

Ainda se vangloria de ser Cliente ESTILO do Banco do Brasil S/A e de seu contra cheque não fazer parte dos descontos para Empréstimos e de gozar de boas aplicações na casa onde laborou sua vida ainda quando era jovem e hoje ainda goza de boa qualidade na velhice. 

Um obstáculo é aquilo que já sabemos.

Mesmo quando uma mentira parece plausível, por que deixaríamos de lado aquilo que sabemos só porque a ouvimos repetidamente, e daqui a pouco vamos escutar as mesmas promessas de outras chapas, de outros candidatos, de outros salvadores da pátria que vão ganhar, receber por mais 4 anos e continuar a mesma história da qual fazemos parte como os verdadeiros PALHAÇOS DA NAÇÃO, DE UM PAÍS SEM NENHUMA IDENTIDADE GOVERNADO PELOS CHEFES DAS CADEIAS.

Isso mostra algo fundamental sobre a maneira como atualizamos nossas crenças: a repetição tem o poder de fazer algo parecer mais verdadeiro, mas não se sobrepõe ao conhecimento.


Portanto, por favor, pense bem antes de VOTAR nas próximas eleições, e vamos tentar fazer alguma coisa de verdade, para mudar a nossa realidade.


12 junho 2017

Associados da Previ que tiveram perdas salariais podem manter valor futuro da aposentadoria

Eles precisam continuar contribuindo sobre o salário de participação correspondente à média dos 12 meses anteriores à perda salarial.



Os associados da Previ que tiveram perdas salariais em razão da reestruturação no Banco do Brasil, ou por outro motivo, que quiserem preservar o valor do futuro benefício de aposentadoria precisam continuar contribuindo sobre o salário de participação correspondente à média dos 12 meses anteriores à perda salarial. O alerta é do diretor eleito de Seguridade da Previ, Marcel Barros. O direito vale para os associados do Plano 1 e do Previ Futuro.
Para os associados do Plano 1 a preservação do salário de participação mantém a média dos últimos 36 salários que servirá de base para o cálculo da aposentadoria. Para os do Previ Futuro, significa manter a contribuição que aumenta o saldo de conta e o benefício futuro da Previ.
Precisa optar em 90 dias
Para exercer este direito é preciso solicitar à Previ a preservação do salário de participação no prazo máximo de 90 dias contados a partir do dia 20 do mês em que houve perda de remuneração. O associato terá de contribuir com a diferença de valores ente o salário atual menor e o anterior maior e recolher tanto as contribuições pessoais quanto as patronais sobre esta diferença.
“As contribuições para preservar o salário de participação estão previstas na legislação e nos regulamentos dos dois planos da Previ. São essenciais para melhorar os benefícios de aposentadoria e podem ser deduzidas da declaração anual de Imposto de Renda, até o limite de 12% da renda bruta anual”, explicou Marcel.
Para mais informações, entre no site da Previ (www.previ.com.br), na aba “Autoatendimento”, opção “Preservação Salário de Participação”. Lá também é possível simular se há ou não valor a ser preservado.
Fonte: Contraf-CUT

03 junho 2017

Participantes de fundos de pensão aprovam “Carta de Brasília” no 18º Congresso da Anapar


Reunidos no 18º Congresso Nacional da Anapar, os participantes de fundos de pensão aprovaram na tarde da última sexta-feira (26) as contas da entidade no período 2016/17. Também aprovaram o plano de ações para 2017/18 e a “Carta de Brasília”, documento com as conclusões tiradas no encontro.
O documento repudia as incansáveis tentativas do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) de aprovar as reformas trabalhista e previdenciária e critica a extinção do Ministério da Previdência, cujo objetivo é tratar a seguridade social como uma questão financeira e não como uma forma de proteção social.
Confira a íntegra do documento:
Carta de Brasília
Os participantes ativos e aposentados, reunidos no XVIII Congresso Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão, manifestam sua profunda indignação com as tentativas do governo federal e do Congresso Nacional de aprovar as reformas trabalhista e previdenciária. As reformas são um verdadeiro desmonte do sistema de proteção social previsto na Constituição de 1988 e pretendem eliminar direitos dos trabalhadores a qualquer custo. As medidas de força que o poder central impõe aos cidadãos e trabalhadores que se manifestam contra estes ataques merecem nosso mais contundente repúdio.
As medidas adotadas neste primeiro ano de governo criam instabilidade e aprofundam o desemprego, precarizam as relações de trabalho, aprofundam a miséria e a desigualdade social. A reforma da previdência acaba com a proteção social a milhões de trabalhadores brasileiros e tem como objetivo favorecer o capital financeiro e o rico mercado de previdência privada. Pretende também acabar com a previdência complementar fechada, transferindo a administração dos planos de benefícios para a previdência aberta, aumentando o lucro dos bancos.
A extinção do Ministério da Previdência Social e a transferência da gestão e da elaboração de políticas de previdência social e complementar para o Ministério da Fazenda deixam claro que o objetivo do governo é tratar a seguridade social como um problema meramente financeiro e não como mecanismo de proteção social aos aposentados e pensionistas, às pessoas com deficiência e incapacitados para o trabalho. Partindo da falsa premissa de que a previdência é deficitária, o Governo Temer quer fazer um ajuste desnecessário para reduzir direitos e benefícios.
A reforma da Previdência pretende impor a idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres, o fim da política de valorização do salário mínimo, a desvinculação entre piso previdenciário e salário mínimo e a exigência de um mínimo de 25 anos de contribuição para ter direito à aposentadoria por idade.  As propostas não deixam margem a dúvidas sobre as más intenções deste governo de destruir a seguridade social. As propostas desprezam até mesmo as perspectivas de aumento da idade média de aposentadoria decorrente da implantação da fórmula 85/95, aprovada pelo Congresso Nacional após negociações com as centrais sindicais.
Estas alterações, somadas à lei que autoriza a terceirização indiscriminada e ao projeto da reforma trabalhista para cortar direitos consolidados há mais de setenta anos atendem aos interesses dos empresários e do mercado financeiro. Estas cruéis medidas implantam a barbárie nas relações de trabalho: aumentarão a informalidade, eliminarão milhões de postos de trabalho com carteira assinada, reduzirão a arrecadação previdenciária e, por consequência, comprometerão o custeio da seguridade social.
É fundamental lutarmos contra todos os ataques, para que se preservem a solidez da previdência social e as garantias previstas na Constituição.
As investidas à Previdência Complementar também são radicais e exigem resposta firme de todos os participantes e assistidos. Medidas já tomadas e projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional apontam para a redução do poder de fiscalização e de gestão pelos participantes e para o favorecimento explícito aos bancos e seus planos abertos.
A anunciada unificação dos dois órgãos fiscalizadores, a PREVIC e a SUSEP, sob o comando desta segunda, confirma a intenção do governo ilegítimo de atacar os planos fechados e transferir ao mercado financeiro a administração dos quase R$ 800 bilhões de patrimônio acumulado.
O PLP 268/2016, já aprovado no Senado Federal e em tramitação na Câmara dos Deputados, acaba com a eleição para diretores nas entidades onde os participantes as conquistaram, reduz a 1/3 a representação dos participantes nos conselhos deliberativo e fiscal e entrega a gestão do patrimônio para os agentes do mercado financeiro. Com o argumento de implantar uma gestão “técnica e profissional”, destrói conquistas democráticas de décadas, aumenta os riscos na gestão do patrimônio e transfere para os patrocinadores e para o mercado financeiro o controle sobre as alterações nos regulamentos dos planos e nos estatutos das entidades.
A este projeto de lei que liquida a democracia conquistada a duras penas se somam outros ataques radicais aos participantes. A PREVIC passou por cima das leis complementares e da regulamentação votada no CNPC para instituir a certificação obrigatória para conselheiros e diretores e delegou a si própria a competência ilegal de impedir a posse de dirigentes de fundos de pensão, num claro atentado ao direito de livre escolha dos participantes.
Como contraponto a estes ataques, vamos lutar pela aprovação do PLP 84/2015, que estabelece a paridade em todos os órgãos de gestão de todos os fundos, acaba com o voto de minerva e proíbe a devolução de superávit aos patrocinadores, dentre outras medidas de democratização das entidades.
A extinção do Ministério da Previdência Social também submete ao Ministério da Fazenda a elaboração de políticas sobre a previdência complementar e as atividades do CNPC e da Câmara de Recursos da Previdência Complementar. Prevalece o viés financista deste governo, retirando na prática a previdência complementar do capítulo de seguridade social previsto na Constituição. Com isso, será muito mais fácil para as patrocinadoras alterar planos e eliminar direitos e benefícios. O reinado absoluto dos planos CD com baixíssimos níveis de contribuição e benefícios extremamente frágeis prevalece com estas medidas.
Tudo isto demonstra a intenção de eliminar a representação dos participantes em seus fundos de pensão e, dessa forma, facilitar a extinção das entidades de previdência complementar fechadas, em um momento histórico em que as contribuições deste sistema de poupança de longo prazo assumem uma importância fundamental para a retomada da economia e do desenvolvimento do país.
Diante desta situação, os participantes do XVIII Congresso tomam os seguintes posicionamentos:
- Pela recriação do Ministério da Previdência Social, com o controle das políticas de previdência social e complementar, o CNPC e a CRPC.
- Pela retirada da PEC 287, que destrói a previdência social, inviabiliza a aposentadoria e elimina direitos dos trabalhadores ativos e aposentados.
- Pela manutenção do vínculo entre piso previdenciário e salário mínimo e pela manutenção da política de valorização do salário mínimo.
- Pelo aumento real dos benefícios superiores ao salário mínimo.
- Contra a aprovação do PLP 268/2016.
- Pela aprovação do PLP 84/2015 e em apoio a suas propostas que democratizam a gestão dos fundos de pensão e aumentam a representação dos participantes.
- Contra a unificação da PREVIC e da SUSEP.
- Contra a certificação obrigatória e a possibilidade da PREVIC impedir a posse de dirigentes escolhidos pelos participantes.
Os ataques são muitos e precisamos de reação firme de todos os participantes e assistidos, da Anapar, dos sindicatos e associações de aposentados, das federações de trabalhadores e centrais sindicais. É preciso organizar estas lutas em várias frentes e a Anapar deve liderar este movimento de defesa da previdência pública e complementar.

Brasília, 26 de maio de 2017.


Fonte: Anapar

01 junho 2017

Os ganhos e os desafios da atenção à saúde na CASSI

Os ganhos e os desafios da atenção à saúde na CASSI.

A ampliação do número de participantes cadastrados na Estratégia Saúde da Família (ESF) está entre as prioridades da CASSI, segundo o diretor de Saúde e Rede de Atendimento, William Mendes de Oliveira. Em entrevista ao Jornal CASSI, ele diz que os assistidos vinculados à ESF apresentam uma despesa per capita até 30% menor com o atendimento na rede credenciada, quando comparado aos beneficiários não cadastrados. Os números são resultado de estudo realizado pela Diretoria de Saúde, que analisou participantes por grau de complexidade. William anuncia ainda a criação da rede referenciada e as novidades do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) dos funcionários do Banco do Brasil.

Maio/2017

CASSI: Com a aprovação do Memorando de Entendimentos e considerando o contexto atual da CASSI, com a chegada da consultoria, quais as próximas ações da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento?

William: O objetivo é ampliar de forma gradativa o modelo de saúde da CASSI, elevando o número de cadastrados na Estratégia Saúde da Família (ESF), que hoje totaliza 182 mil beneficiários. Estudamos a estrutura própria da CASSI, isto é, as 27 Unidades e as 65 CliniCASSI, e sabemos onde é possível um crescimento mais rápido. O objetivo é dotar esses espaços de mais recursos humanos, com equipes nucleares de família e médicos de pronto atendimento. Isso pode nos dar capacidade de gerir melhor o uso da rede credenciada, onde se concentra a despesa assistencial. Realizamos, por ano, nas CliniCASSI, mais de 1 milhão de atendimentos, sendo mais de 500 mil consultas. O número de inscritos na ESF vinha em declínio desde 2013. Na metade de 2014, tínhamos cerca de 155 mil cadastrados. Com a mesma estrutura, pedimos um esforço às nossas equipes e demos um salto para 182 mil vidas. Crescemos no que foi possível em relação à capacidade instalada.

CASSI: Qual será o foco do trabalho das CliniCASSI neste ano?

William: Nossa intenção é ampliar as equipes nucleares de família. A proposta é focar em algumas Unidades com condições de aumentar o atendimento como, por exemplo, a CliniCASSI Maceió. Este serviço próprio é bastante procurado e dispõe de excelente estrutura. Assim também, onde enfrentarmos dificuldade de atendimento primário na rede credenciada, entendo que poderíamos aumentar a dotação do quadro de médicos nas CliniCASSI para cobrir essa carência. No ambiente desses serviços, por dispormos de uma estrutura fixa com custos já pagos, temos condições de acolher com mais qualidade e mais humanidade aqueles participantes que nem sempre recebem a devida atenção na rede credenciada.

CASSI: Quais ações deverão ser implementadas em 2017?

William: A CASSI mantém um convênio importante com o Banco, que é o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Por meio dele, são realizados anualmente mais de 100 mil Exames Periódicos de Saúde (EPS), incluindo o check-up dos primeiros gestores. Em 2014, após a gestão do PCMSO passar a ser feita na CASSI por meio da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento, ocorreram avanços importantes no trabalho conjunto com o Banco do Brasil, através da Dipes/Dibem. Praticamente não usávamos a devolutiva dos resultados do EPS nos planejamentos de ações de saúde dos estados, porque levava um ano para a consolidação e a análise dos resultados. Hoje, com as melhorias implantadas, o processo ficou mais rápido e as Unidades CASSI têm resultados parciais à medida que os exames são digitalizados. Em 2016 visitamos as 27 superintendências do Banco e as Gepes reforçando as parcerias de saúde. Combinamos ações voltadas aos 100 mil trabalhadores da ativa do Banco, buscando ampliar o conhecimento sobre a CASSI. Isso para que eles saibam que somos a operadora de saúde dos bancários, que faz Atenção Primária à Saúde (APS), priorizando a promoção da saúde e a prevenção de doenças. Organizamos, no mês de março, uma agenda com abertura formal do EPS/check-up 2017 (CASSI e BB/Dipes/Dibem), já com a devolutiva dos resultados do ano anterior. A tarefa ficou a cargo dos representantes das 27 Unidades CASSI, das Superintendências, Gepes e Sesmt. Conhecemos o mapa da população assistida, os problemas de saúde prevalentes e o potencial de direcionamento para a ESF. Essa parceria pela saúde ocupacional traz boas perspectivas de atuação para o ano de trabalho da CASSI e do Banco do Brasil.

CASSI: Como a ESF pode contribuir para um melhor controle dos custos de saúde na CASSI?

William: Por meio do Sistema Operacional CASSI (SOC), passamos os dois últimos anos analisando o comportamento da despesa assistencial da população assistida. Avaliamos a população cadastrada e vinculada à ESF e a não cadastrada, e começamos a fazer comparativos dos gastos realizados na rede credenciada de cada grupo. Para tanto, usamos um método científico e, em linhas gerais, chegamos à conclusão que a diferença de gasto per capita é 30% menor quando comparamos os pacientes com característica de maior volume de utilização na rede (e vinculados à ESF) com aqueles que não recebem assistência da Estratégia.
CASSI: Há indicadores mostrando que a ESF consegue melhorar a qualidade de vida dos participantes acompanhados?
William: Sim, os índices de cuidado na ESF são bem melhores em comparação com alguns dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), especialmente em relação aos pacientes com doenças crônicas que são acompanhados pela Estratégia. Quem está na ESF e adere à proposta de cuidado tem melhor controle de colesterol, de hipertensão, de diabetes, por exemplo. Estamos fazendo acompanhamento para que não cresça o número de crônicos como ocorre no mundo. Se identificarmos essas doenças no início e fizermos acompanhamento dos hábitos de vida de quem tem sobrepeso, obesidade, de quem é sedentário ou está com o estresse no limite, é possível influenciar na mudança de comportamento e evitar o aumento da incidência de pacientes crônicos. Vale lembrar que um crônico não cuidado compromete sua qualidade de vida, além das finanças do plano de saúde, devido às repetidas e demoradas internações hospitalares.
CASSI: Quais as ações da CASSI para a população idosa e para a assistência domiciliar?
William: A CASSI tem uma população acima de 60 anos que continua crescendo e que representou 20% do total de participantes em 2016. Acompanhamos os idosos com programas como o Plena Idade, o Gerenciamento de Crônicos e também o de Atenção Domiciliar (PAD), com foco na desinternação. Há participantes de todas as faixas etárias com internação longa e é possível pensarmos em alternativas de atendimento fora de hospitais. Além de ser mais humano, a despesa é melhor gerenciada do que quando o beneficiário fica dentro de grandes centros hospitalares. A proposta é ampliar o PAD já em 2017, fazendo a gestão nas Unidades CASSI. Se contarmos com equipes para fazer acompanhamento hospitalar, podemos avaliar e fazer a desospitalização, resultando em custo menor e uma melhor forma de cuidar. Há dois tipos de internação domiciliar: um com referência de diagnóstico e proposta de tratamento da CASSI e outro que é fruto de judicialização. Nessa parcela da judicialização são gastos milhões de reais com internação domiciliar para acompanhamento de idoso ou de paciente crônico, por determinação judicial. Se pudermos atuar no que não está judicializado ou até mesmo desfazer a judicialização, conseguiremos resultados importantes tanto na área assistencial quanto nos recursos financeiros gastos.
CASSI: Que outras ações estão previstas, pensando nos demais públicos atendidos?
William: O principal foco é ampliação dos programas já existentes. Há pessoas que perguntam por que existem as CliniCASSI. É importante que saibam que esses espaços de atendimento próprios da CASSI dispõem de uma ou mais equipes de ESF, além do pronto atendimento. São organizadores dos serviços na região onde estão instalados, contemplando 1,2 mil pessoas cadastradas em cada equipe nuclear (médico e técnico de enfermagem), que são acompanhadas de acordo com suas condições de saúde. As CliniCASSI têm média de 10 atendimentos por médico ao dia e as equipes multidisciplinares atendem de 11 a 14 pacientes diariamente. Assim, a pessoa pode ter como referência as CliniCASSI antes de usar a rede credenciada. 

A estrutura pesada de tecnologia e de hospital (pronto atendimento, emergência, cirurgias complexas e atendimento a vítimas de acidentes graves) sempre será necessária. Mas num modelo como o da Caixa de Assistência, cerca de 70% a 80% das demandas podem ser resolvidas pela Atenção Primária, isto é, no ambiente das CliniCASSI. Então, para que usar quase R$ 1,5 bilhão na rede credenciada, só de exames e consultas, se pudermos gastar, por exemplo, R$ 1 bilhão? A Atenção Primária para os 400 mil participantes do Plano de Associados e para os 290 mil do CASSI Família seria o ideal. O fato é que o CASSI Família ainda tem a solução do reajuste atuarial por sinistralidade. O Plano de Associados, além de não ter essa possibilidade, apresenta receita fixa e estatutária. Por isso a solução para equalização das contas e sustentabilidade também passa pela Atenção Primária e acompanhamento dos crônicos. 

Como novidade, teremos dois pilotos de rede referenciada em 2017. Em grandes linhas, o médico da CliniCASSI indica, quando necessário, consultas e exames a serem realizados com especialistas dentro da rede credenciada. Com os resultados em mãos, o participante volta à CASSI, que passa a coordenar o cuidado com a ajuda dos profissionais de dentro e de fora das CliniCASSI (Rede Referenciada), encontrando orientação séria e comprometida para solução de seus problemas de saúde. A governança da CASSI já autorizou o piloto para o referenciamento e, no momento, estamos escolhendo as áreas onde faremos essa nova lógica assistencial.
FONTE:  JORNAL CASSI.